Assim como as mulheres, os homens também podem sofrer com problemas e incômodos estéticos que interferem na sua autoestima. Dependendo, principalmente, do seu estilo de vida e alimentação, homens podem ser acometidos por doenças ligadas a disfunções hormonais, como a ginecomastia.
Nesses casos, até por falta de informação, muitos acabam buscando soluções na automedicação, o que provoca riscos à saúde e, muitas vezes, o agravamento do problema. A boa notícia, contudo, é que essa doença tem cura e diferentes opções de tratamento.
Neste artigo, abordaremos as principais características da ginecomastia, bem como os seus possíveis tratamentos. Continue lendo para saber mais!
O que é ginecomastia
Conhecida também como hipertrofia mamária, a ginecomastia é o crescimento anormal de uma ou ambas as mamas em homens. Quando afeta as duas mamas, elas costumam crescer de forma desigual.
A doença é classificada por três graus de gravidade:
grau I — aparecimento de um “botão” ao redor da aréola;
grau II — hipertrofia das glândulas mamárias, com acúmulo de gordura;
grau III — gordura e tecido glandular, com flacidez e excesso de pele no local.
Em mulheres, a hipertrofia mamária é classificada em quatro graus — além desses três, há um quarto grau com variações por tamanho e peso excessivos nas mamas (gigantomastia).
Como dissemos, a doença tem cura, podendo ser tratada com remédios, cirurgias e outras formas.
Sintomas
Além da dor nas mamas, a ginecomastia não costuma causar grandes problemas — exceto em relação à autoestima do paciente. Os sintomas mais comuns são:
acúmulo de gordura na região;
dores e sensibilidades nas mamas;
coceiras;
crescimento anormal das mamas;
fluxo de leite (raramente).
Principais causas
Geralmente, essa alteração mamária é causada por desequilíbrios hormonais, como a diminuição da testosterona (hormônio masculino) e aumento do estrogênio (hormônio feminino), podendo ser benigna ou maligna. Ela também pode ocorrer em qualquer faixa etária.
Em recém-nascidos, costuma ser uma reação ao contato com o estrogênio da mãe durante a gestação, desaparecendo rapidamente. Já em adolescentes, é comum surgir entre os 13 e 15 anos, quando ocorrem desequilíbrios hormonais, voltando naturalmente ao estado normal em alguns meses.
Em adultos, ela pode estar diretamente relacionada à queda nos níveis de testosterona no organismo. Também pode surgir por acúmulo de gordura — nesse caso, é denominada lipomastia, ou pseudoginecomastia.
Além dessas causas, a ginecomastia ainda pode ser desencadeada por:
anabolizantes;
bebidas alcoólicas;
doenças endócrinas (como hipertireoidismo);
doenças hepáticas (como cirrose);
doenças renais (como insuficiência renal);
drogas recreativas (esteroides para musculação, heroína, maconha etc.);
medicamentos quimioterápicos;
neoplasias (tumores);
soja texturizada (que possui fitoestrógenos);
tumores.
Em mulheres, suas principais causas são:
obesidade;
distúrbios glandulares;
diabetes;
gravidez;
menopausa;
hereditariedade.
Tratamentos
Há diferentes tratamentos para os homens que sofrem com a ginecomastia, desde cremes e géis de uso tópico até cirurgias para os casos mais graves. Nesse sentido, é fundamental buscar ajuda profissional, já que o recurso terapêutico deve ser aplicado de acordo com o grau da doença.
Vejamos, a seguir, 5 formas utilizadas para cuidar desse problema.
Cremes
Os cremes disponíveis para o tratamento da ginecomastia contêm testosterona, com o objetivo de equilibrar os níveis hormonais no organismo masculino. Em alguns casos, a aplicação tópica já é efetiva, reduzindo o tamanho do tecido mamário.
O creme, geralmente, é administrado no abdômen, peito, ombros e braços. Embora seja essa uma opção prática, o médico deverá sempre ser consultado, pois os cremes se apresentam em diferentes concentrações hormonais, sendo necessário um acompanhamento das dosagens ideais para cada caso.
Esse tratamento pode surtir um bom efeito em fases iniciais da doença; já os casos mais graves exigem cirurgia.
Comprimidos
Essa forma de medicação oferece bons resultados apenas no início da doença, até um ano e meio após o seu surgimento, mais ou menos. Após esse período, não se consegue boa resposta de tratamento, sendo necessária uma correção cirúrgica.
Para o tratamento medicamentoso, o mais empregado é o tamoxifeno — um antiestrogênico, bloqueador dos receptores de estrógenos. Em situações de mamas muito inchadas e sensíveis, complementa-se o tratamento aplicando compressas frias e comprimidos para a dor.
Para os casos de ginecomastia causados por drogas, é obrigatória a suspensão do seu consumo.
Cirurgia
Em muitos casos, a correção cirúrgica tem uma indicação apenas estética, sendo muito importante na adolescência. Para os graus elevados da doença, quando ocorre acúmulo de gordura nas mamas, a cirurgia é altamente indicada, pois a maioria dos medicamentos não é eficaz.
Para se submeter a esse procedimento, o paciente deve realizar alguns exames com o objetivo de investigar a real causa da doença. Na maioria dos casos, não é necessária a internação — apenas os mais graves podem exigi-la na fase pré-operatória, como os de terceiro grau. No dia da operação, o paciente necessita estar em jejum.
O tipo de cirurgia empregado depende do estágio da doença, podendo ser utilizadas as seguintes técnicas:
lipoaspiração — para casos com acúmulo de gordura, utiliza-se anestesia local, não ocorrem sangramentos e a recuperação é rápida;
remoção cirúrgica — retirada da glândula quando há um aumento anormal da mama. Alguns casos exigem a combinação da cirurgia com a lipoaspiração;
mamoplastia redutora — em casos graves, as glândulas e a gordura são removidas, havendo também a redução da pele que estiver sobrando;
incisão de Webster — indicada para os casos de graus I e II em que não há sobra cutânea. Aqui é retirada apenas a glândula, mantendo-se a pele, e restaura-se o contorno do tórax com o mínimo de sequelas;
incisão peri-areolar circular — indicada para os graus II e III. Reduz o excesso de pele e tamanho da aréola com uma cicatriz discreta em seu entorno;
incisão no tórax — indicada para o grau III. Permite redução do tamanho, o reposicionamento e a simetrização da aréola, restaurando também o contorno anatômico do tórax;
peri-areolar e sulco inframamário — indicada para o grau III, quando há grande excesso de pele e hipertrofias mamárias.
Os resultados da cirurgia dependem de alguns aspectos relacionados ao paciente, tais como:
saúde física;
peso normal para o biotipo;
expectativas realistas;
estabilização no desenvolvimento da mama;
incômodo com as mamas aumentadas;
não ser fumante.
O pós-operatório costuma ser tranquilo, exigindo repouso de atividades diárias apenas por uma ou duas semanas, dependendo da capacidade de recuperação de cada paciente.
Testosterona em gel
O Androgel é um medicamento em forma de gel contendo testosterona, indicado para homens com desequilíbrio desse hormônio, como em casos de hipogonadismo (quando os testículos não produzem hormônios sexuais).
Esse tipo de formulação não segue as normas dos injetáveis, sendo, portanto, de livre comércio. Por esse fácil acesso, muitos atletas e fisiculturistas o têm utilizado para obter mais disposição e músculos definidos. Tal formulação, porém, traz mais efeitos colaterais do que benefícios.
A utilização de hormônios de forma artificial pode reduzir ou interromper a produção natural no organismo, além de desencadear uma série de consequências, incluindo a infertilidade.
Suplementos de cálcio
O consumo de cálcio em forma de suplemento pode regular a absorção de estrogênio pelo organismo. Porém, essa suplementação não significa a eliminação do estrogênio extra. Em quantidades suficientes, o cálcio só diminuirá os seus efeitos, desde que mantidos os níveis desse elemento no organismo.
Embora seja um tratamento mais natural, ele também traz riscos, já que excessos de cálcio no organismo podem provocar cálculos renais e outros desequilíbrios no corpo. Assim, mesmo em caso de suplementação mineral, é importante o acompanhamento médico e exames para verificação dos níveis permitidos para cada paciente.
Prevenção da ginecomastia
É muito importante ter consciência dos riscos à saúde quando se ingere suplementos nutricionais que contenham androstenediol ou androstenediona, ou quaisquer drogas para aumento da massa muscular. Também é fundamental interromper o consumo de drogas, já que essas apresentam a capacidade de desencadear um desequilíbrio hormonal.
Por fim, em casos de ginecomastia, a automedicação jamais deve ser adotada. O especialista deverá sempre ser consultado para avaliar e determinar as necessidades individuais de cada paciente, de acordo com o grau da doença. O ideal é optar por uma clínica credenciada e que ofereça exames e cirurgias reparadoras, com tecnologia de ponta.
Então, agora que você já sabe o que é ginecomastia e quais são os possíveis tratamentos, entre em contato conosco e marque a sua consulta para uma avaliação! Temos uma equipe especializada para auxiliar com exames, orientações nutricionais e procedimentos.
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