Lipedema: o que é, tipos, causas e tratamentos [Guia]
O lipedema é uma condição crônica que costuma ser confundida com o simples acúmulo de gordura ou obesidade.
No entanto, essa doença é caracterizada por uma distribuição anormal de tecido adiposo, principalmente, nas pernas e nos braços, e pode causar dor considerável, além de outros problemas físicos e emocionais.
Com a intenção de iluminar os aspectos deste transtorno pouco conhecido, este guia completo oferece uma visão abrangente do assunto, seus sintomas e as opções de tratamento disponíveis.
A condição causa dor, sensibilidade ao toque e pode levar a problemas como dificuldade de mobilidade e linfedema secundário, causado por danos nos vasos linfáticos.
O que causa o lipedema?
As causas desse problema ainda confundem os profissionais de saúde. Algumas evidências sugerem que fatores genéticos desempenham um papel significativo, com muitos casos apresentando uma história familiar do distúrbio.
Desbalanceamentos hormonais também estão entre os suspeitos, assim como certas mutações genéticas que afetam o metabolismo da gordura.
Fora isso, inflamação e problemas circulatórios também estão entre os possíveis fatores que podem levar ao desenvolvimento do problema.
Sintomas do lipedema
Vale destacar que conhecer os sintomas é crucial para o reconhecimento precoce e o início imediato do tratamento. Entre os sintomas mais comuns do acúmulo anormal de tecido gorduroso, estão:
inchaço persistente — o inchaço é constante e não diminui com a elevação das pernas ou repouso, dificultando atividades diárias e causando desconforto. Isso pode afetar a mobilidade e a disposição para realizar tarefas simples, como caminhar ou ficar em pé por longos períodos;
sensibilidade aumentada ao toque — o aumento da sensibilidade causa dor ao tocar a área afetada, tornando tarefas cotidianas mais difíceis, como vestir roupas apertadas ou até mesmo tomar banho. Esse sintoma gera um impacto emocional, pois a pessoa pode se sentir constantemente desconfortável;
nódulos de gordura na pele — esses nódulos podem ser dolorosos e gerar uma sensação de textura irregular sob a pele, o que pode afetar a autoestima e o bem-estar psicológico da pessoa, levando a uma aversão ao próprio corpo;
dor articular — a sobrecarga nos membros inferiores, causada pelo acúmulo de gordura, gera dor nas articulações, especialmente no quadril e joelhos. Isso pode resultar em dificuldades de locomoção e limitação na prática de atividades físicas, impactando a qualidade de vida;
manchas roxas sem causa aparente — as manchas roxas, que surgem facilmente, podem causar constrangimento e preocupação com a saúde, além de ser um sinal de fragilidade nos vasos sanguíneos;
excesso de gordura em áreas específicas do corpo — o acúmulo localizado de gordura pode afetar a confiança e a imagem corporal, prejudicando a autoestima e aumentando o risco de depressão e ansiedade.
Tipos de lipedema
Existem cinco variações primárias, baseadas nas áreas do corpo afetadas:
Tipo 1 — acumula-se da região do umbigo até os quadris;
Tipo 2 — estende-se até os joelhos;
Tipo 3 — alcança até os tornozelos;
Tipo 4 — manifesta-se nos braços;
Tipo 5 — restrito da região do joelho para baixo.
Estágios da doença
primeiro estágio: presença de gordura no tecido subcutâneo e nódulos de gordura visíveis sob a pele;
segundo estágio: a pele se torna flácida, celulites podem aparecer, e nódulos estão mais evidentes;
terceiro estágio: aumento da flacidez, surgimento de dobras e nódulos maiores, podendo afetar a locomoção;
quarto estágio: semelhante ao terceiro, mas com potencial comprometimento adicional do sistema linfático.
Lipedema e linfedema: quais são as diferenças?
Além de tudo o que já dissemos, é importante esclarecer que essas são duas condições bem distintas.
A primeira, como dissemos, é um acúmulo anormal de gordura nas pernas, coxas, quadris e braços, dentre outras partes do corpo, que pode causar dor e sensibilidade ao toque. Já o linfedema é uma condição que afeta o sistema linfático, causando inchaço e retenção de líquidos no tecido do corpo.
Então, embora ambas as condições possam causar desconforto e comprometer a qualidade de vida da pessoa, elas possuem causas, sintomas e tratamentos diferentes.
Como é feito o diagnóstico da doença?
O diagnóstico é essencialmente clínico, ou seja, baseado na avaliação médica dos sintomas. Então, para chegar a uma conclusão, o médico pergunta, ao paciente, o que ele tem sentido nos últimos dias ou até meses.
Embora não haja cura, o tratamento do lipedema é viável e pode melhorar consideravelmente a qualidade de vida.
Lipedema tem cura?
Não. Mas, apesar disso, os tratamentos atuais buscam aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A conscientização sobre a condição tem crescido, trazendo esperança de avanços médicos no futuro.
Então, como tratar a doença?
A boa notícia é que existem várias estratégias que compõem o tratamento para a doença em pauta. Veja o que os médicos podem recomendar:
Drenagem linfática manual
A técnica de drenagem linfática manual é uma terapia suave que ajuda a estimular o sistema linfático, facilitando o transporte de líquidos e reduzindo o inchaço.
Profissionais especializados executam movimentos rítmicos e precisos nas áreas afetadas para promover a eliminação de excesso de líquido e toxinas. Além de aliviar os sintomas, a drenagem pode contribuir para o aumento da sensação de bem-estar dos pacientes.
Terapia de compressão
A terapia de compressão é frequentemente recomendada para indivíduos que sofrem com o acúmulo anormal de gordura. Esse método consiste em usar meias ou mangas de compressão especiais, que fazem uma pressão constante sobre os membros.
A compressão ajuda a melhorar a circulação sanguínea e a reduzir o edema, podendo também prevenir o avanço da doença se utilizada consistentemente e sob orientação médica.
Exercícios físicos
Manter um estilo de vida ativo também é crucial para o tratamento do lipedema.
Os exercícios físicos, especialmente os de baixo impacto como natação, ciclismo, caminhada ou hidroginástica, são benéficos para o fortalecimento muscular, a melhoria da circulação e o controle do peso.
É importante que qualquer rotina de exercícios seja adaptada às capacidades e limitações de cada indivíduo com lipedema, de preferência sob a supervisão de um especialista em fisioterapia ou um educador físico.
Dieta equilibrada
Manter uma dieta equilibrada e nutritiva é fundamental para gerenciar os sintomas.
Uma alimentação rica em frutas, vegetais, proteínas magras e grãos integrais, aliada à limitação do consumo de sal, açúcar e alimentos processados, pode ajudar a controlar a inflamação e a manter o peso corporal saudável.
Então, consultar um nutricionista pode ser uma etapa valiosa na elaboração de um plano alimentar individualizado.
Quais alimentos inflamam o lipedema?
Diante dessa última medida de tratamento, vale frisar que alimentos ricos em sódio, açúcares refinados e gorduras saturadas podem contribuir para a inflamação e o agravamento do acúmulo anormal de gordura.
Uma dieta anti-inflamatória, rica em ômega-3, frutas, vegetais e fibras, pode ajudar a aliviar alguns sintomas, reduzindo a inflamação e melhorando a circulação.
Cuidados com a pele
Mais um aspecto importante do tratamento é cuidar da pele. Pessoas com o distúrbio crônico, como vimos, são propensas ao inchaço, o que pode pressionar a pele e torná-la seca e rachada.
Diante disso, é indicada uma boa rotina de cuidados com a pele para ajudar a mantê-la hidratada e saudável. Isso inclui o uso de produtos de limpeza suaves, hidratantes e protetor solar.
Outro passo importante é evitar banhos e duchas quentes, pois podem ressecar ainda mais a pele.
Cirurgias
Sim, a doença que estamos falando também pode ser tratada com cirurgia. É importante esclarecer que, em alguns casos, só aquelas medidas mais simples não são suficientes para melhorar a qualidade de vida do paciente.
Diante disso, o médico pode recomendar dois tipos de cirurgia plástica: a lipoaspiração ou, dependendo dos desejos do (a) paciente, a lipoescultura.
Já a lipoescultura não só retira o excesso de gordura como coloca esse extra em outra área corporal, conforme as vontades do (a) paciente.
Então, por exemplo, é possível tirar o excesso de gordura dos braços e colocar nos glúteos, para quem deseja um corpo não só mais saudável, mas também mais “contornado”.
Como funciona a cirurgia para lipedema, mais especificamente?
A cirurgia, nesse caso, envolve a lipoaspiração, que é um procedimento eficaz para remover o excesso de gordura acumulada, especialmente em áreas como coxas, quadris e panturrilhas, que são mais afetadas pela condição.
A técnica consiste em aspirar as células de gordura por meio de cânulas finas, o que ajuda a aliviar os sintomas e a melhorar a aparência estética da região.
Os dois procedimentos (lipoaspiração e lipoescultura) são realizados com anestesia local ou geral, dependendo da extensão da área a ser tratada. O tempo de recuperação varia, mas geralmente envolve o uso de cintas modeladoras por algumas semanas para auxiliar na modelagem e reduzir o inchaço.
A cirurgia pode proporcionar alívio significativo dos sintomas do lipedema, como dor e inchaço, além de ajudar na mobilidade e na autoestima dos pacientes.
Mas, é importante lembrar que, embora esses procedimentos melhorem a condição, eles não curam o lipedema, sendo necessários cuidados contínuos após a cirurgia.
Onde fazer uma cirurgia para tratar o acúmulo anormal de gordura?
Se você precisa de uma cirurgia para lipedema, precisamos frisar que a Clínica SER Cirurgia Plástica possui ambientes seguros, modernos, totalmente equipados e acolhedores.
Além disso, a clínica tem a atuação da Dra. Cintia Rios, cirurgiã-plástica e referência em Cirurgia Plástica Funcional, Medicina Funcional e Longevidade. A Dra. possui muita experiência e já atuou em cirurgias que fizeram os pacientes muitos mais realizados e satisfeitos.
Vamos recapitular os principais pontos abordados neste conteúdo? O lipedema é um distúrbio crônico que leva ao acúmulo anormal de células de gordura em uma ou mais partes do corpo.
Embora a doença não tenha cura, atualmente, ela pode ser tratada com medidas simples ou, até mesmo, com cirurgia (dependendo do caso de cada paciente).
Os procedimentos cirúrgicos que costumam ser indicados para o problema em questão são a lipoescultura ou lipoaspiração.
Agora, para saber mais sobre essas cirurgias, agende uma consulta na Clínica SER e tenha um atendimento eficiente e acolhedor!
Entre em contato conosco