Como saber se você precisa de uma cirurgia de redução de mamas?
As mulheres do Brasil são mundialmente conhecidas pelas suas curvas, o que é bom até certo ponto, quando não ultrapassam a linha tênue entre o bonito e o exagero. Entretanto, algumas sofrem com os seios fartos e buscam o caminho inverso, recorrendo à cirurgia de redução de mamas.
É muito importante ressaltar que a avaliação do médico é primordial. Nem todas as mulheres podem se submeter ao procedimento por vontade própria, mas sim quando realmente é a única solução, seja por decorrência de dores ou até mesmo por questões estéticas. E, desse modo, a palavra final será do profissional.
A maioria dos casos de hipertrofia de mama começa cedo, após a primeira menstruação, quando as mamas respondem de maneira exagerada ao estímulo hormonal que o corpo está recebendo. Outros casos se iniciam após a gravidez, quando os seios crescem, devido à amamentação, e daí podem não retornar ao tamanho inicial.
Mulheres com seios muito grandes sofrem constantemente com dores causadas pelo tamanho das mamas, como por exemplo: dores nas costas, nos ombros e também queimações na pele, originadas pelo atrito. Assim, o número de pacientes que procuram o especialista porque passam pomadas de assadura todos os dias na parte inferior dos seios ou têm machucados nos ombros por conta das alças do sutiã é considerável.
Se o excesso de peso dos seios não for tratado a tempo, essas dores podem ser irreversíveis, pois a anatomia da coluna vertebral pode ser alterada e causar desvios seríssimos. Portanto, se você sofre com alguns desses problemas, é hora de considerar uma cirurgia de redução de mamas.
Ou, se você tem os seios grandes e desproporcionais ao resto do corpo e não sente dores, consulte um cirurgião plástico e veja a necessidade da cirurgia, pois em alguns casos não é preciso esse tipo de intervenção. Mas se, mesmo assim, você se incomodar esteticamente com o tamanho dos seus seios, saiba que também pode realizar a cirurgia, desde que o seu médico diga que você está em perfeitas condições para passar pelo procedimento.
ATÉ QUE PONTO A PACIENTE OPINA E A PARTIR DE QUAL MOMENTO O MÉDICO DEVE INTERVIR?
Se a mulher é quem está desconfortável com a sua aparência ou sentindo as dores, parte dela buscar a avaliação do médico. Feito isso, é o medico quem deve indicar o melhor tratamento, avaliando o que é melhor para cada situação ou desejo. E, após a escolha, o especialista realizará o procedimento para chegar o mais perto possível do que foi planejado.
Vale lembrar que todas as dúvidas quanto ao preparo, o pós-cirúrgico e o tipo da operação devem ser esclarecidas com o profissional. Muitas pessoas se preocupam com cicatrizes, mas o diagnóstico só é possível depois da análise médica, visto que cada paciente tem suas particularidades e não há como generalizar.
Há cirurgias que ficam com marcas bem discretas, enquanto outras ficam com leves incisões. Mas sempre haverá cicatrizes.
CIRURGIA DE REDUÇÃO DE MAMAS: QUAIS AS POSSÍVEIS CICATRIZES?
A mamoplastia é a retirada de glândulas (mamárias e de gordura) e peles a mais, proporcionando o equilíbrio entre o corpo e os seios. Portanto, quanto maior for a remoção, mais marcas podem ficar.
E, mais uma vez, será o médico quem vai sugerir o melhor tipo: em “T” invertido, “L”, “I” ou pela aréola. Tudo depende do objetivo da cirurgia de redução das mamas e do tamanho dos seios.
Mas uma coisa é certa: um bom médico sempre realizará a cirurgia da melhor maneira possível, para deixar a paciente feliz e ter o seu trabalho elogiado.
QUAL A IDADE CERTA PARA SE SUBMETER A ESSA OPERAÇÃO?
Algumas mulheres podem ter suas mamas em fase de crescimento até os 20 anos, por isso, se a situação não for crítica, vale a pena esperar esse período para consultar um médico. Mas, de praxe, o ideal é se submeter à cirurgia aos 17 anos, pois fisiologicamente os seios se desenvolvem até os 16.
No entanto, há casos em que é possível realizar a redução antes dessa faixa etária. São as chamadas gigantomastias, em que os seios são muito grandes e o procedimento é a solução para prevenir diversos problemas no futuro, tanto de autoestima quanto relacionados à saúde. Em algumas situações, a cirurgia chega a ser fundamental para não comprometer o desenvolvimento do corpo como um todo.
QUAIS SÃO OS EXAMES PRÉ-OPERATÓRIOS
Antes de qualquer cirurgia, o médico deve pedir alguns exames, para analisar se o seu corpo está preparado para passar pelo procedimento. Confira quais são os exames solicitados:
Hemograma
O exame de sangue serve para averiguar a presença de inflamações, anemia, infecções virais e bacterianas e até leucemia. Também é realizado o eritograma, que faz a contagem de glóbulos vermelhos; o leucograma, para a contagem de glóbulos brancos, e uma avaliação de plaquetas. Caso você tenha algum dos problemas descritos, será preciso tratá-lo antes de realizar qualquer procedimento cirúrgico.
Avaliação cardiológica
O eletrocardiograma é pedido antes da cirurgia para detectar problemas no coração, que podem causar algum tipo de transtorno durante o procedimento, como arristimas, alterações secundárias ao infarto do miocárdio, doenças valvares, hipertensão pulmonar, entre outros. Caso o exame aponte alguma disfunção, será necessário consultar-se com um cardiologista antes de realizar a operação.
Ultrassonografia
Antes de realizar uma mamoplastia, é necessário fazer um ultrassom das mamas e axilas, exame que captura com qualidade imagens das mamas, podendo detectar nódulos, calcificações e até tumores. Para as pacientes com mais de 35 anos, o médico também pode pedir uma mamografia.
Exame de urina
Esse exame é muito simples de ser realizado, provavelmente você já o fez algumas outras vezes na vida. Ele serve para diagnosticar problemas no sistema renal e urinário. A Urocultura também é requisitada pelos médicos e identifica os tipos de bactérias presentes na urina. Se existir alguma infecção, a urocultura ajudará o médico na escolha do antibiótico.
Risco cirúrgico
De acordo com o resultado de exames solicitados e com a avaliação clínica geral do paciente, o cardiologista determina o risco cirúrgico, ou seja, determina se o paciente pode ou não se submeter ao procedimento. O objetivo desse exame é esclarecer e evitar possíveis complicações no pré e pós-operatório.
São analisados fatores como: idade, condição física, histórico de doenças, tamanho da cirurgia, entre outros. O resultado segue critérios que são pré-estabelecidos e varia do grau 1 (ausência de riscos) ao grau 4 (risco muito elevado).
COMO SÃO O PRÉ E O PÓS-CIRÚRGICO?
A cirurgia de redução dos seios não é nenhum “bicho-papão”, embora algumas pacientes fujam dessa operação por medo do depois. Por essa razão, é muito válido saber tudo o que será pedido antes e como proceder depois de passar por ela:
o médico fará o pedido dos exames;
é necessário jejum de 8 horas e, caso a mulher seja fumante, suspensão do hábito um mês antes da cirurgia;
o procedimento dura em torno de 3 horas, com a opção de anestesia geral ou peridural com sedação;
a mulher fica no hospital durante 24 horas depois da redução das mamas, para que a equipe médica e de enfermeiros avalie a situação;
a paciente deve repousar ou evitar a movimentação dos braços e tronco de 8 a 15 dias, prevenindo dores e problemas com os pontos, que serão retirados após esse período;
os analgésicos são imprescindíveis, já que diminuirão os possíveis desconfortos;
em alguns casos há a necessidade da utilização do dreno por três dias após a operação, para a remoção de sangue ou de fluidos que possam causar infecções no organismo;
é primordial o uso de sutiãs especiais (sem aro e renda) durante o dia e à noite no pós-cirúrgico, o que alivia a dor e também ajuda a acelerar a recuperação;
é aconselhável a prática de atividades físicas leves após um mês, mas é essencial evitar ginásticas pesadas por pelo menos dois meses. Esse é o período necessário para que o corpo se restabeleça definitivamente;
a alimentação moderada ajuda a proteger o estômago dos remédios, assim como inserir a mulher em uma dieta mais balanceada. Com os “novos” seios a sua estima estará nas alturas, ou seja, nada melhor do que adquirir novos costumes para se sentir ainda melhor;
AFINAL, COMO É REALIZADA A CIRURGIA DE REDUÇÃO DE MAMAS?
Geralmente, a cirurgia de mamoplastia redutora é realizada por meio de incisões nos seios para a remoção cirúrgica do excesso de gorduras no tecido glandular e na pele. A técnica usada será definida pelo médico, de acordo com as particularidades do corpo de cada paciente, quantidade de redução desejada e preferências pessoais. Algumas vezes, esse excesso é retirado com a lipoaspiração, em conjunto com outras técnicas.
A primeira etapa da cirurgia é a anestesia, quando medicamentos são administrados para que você se sinta confortável e livre de dores durante a operação. A anestesia pode ser geral ou por sedação intravenosa, o seu médico é quem dirá qual a melhor opção para você.
Após a anestesia, ocorrem as incisões, que podem acontecer das seguintes formas: em torno da aréola, em formato de argola; padrão de fechadura, com uma incisão ao redor da aréola e outra verticalmente; ou em forma de T invertido.
Após essa fase, o mamilo é reposicionado e a aréola é reduzida, por meio da extração do excesso de pele, se necessário. O tecido mamário é, então, encolhido, modelado e levantado e, em casos de seios muito grandes e caídos, o mamilo e a aréola precisam ser reposicionados para uma posição mais alta do seio.
O próximo passo são as incisões para remodelar os seios, agora, em menor tamanho. São realizadas suturas em camadas profundas do tecido mamário para sustentar as mamas. Além das dessas suturas, adesivos, pele ou fita cirúrgica também podem ser usados para fechar as aberturas. As cicatrizes são permanentes, mas, ao longo do tempo, a aparência delas reduz significativamente, podendo ficar impercebíveis.
Depois de todo esse processo, já será possível ver um pouco dos resultados na cirurgia de redução de mamas. Com o passar do tempo, o inchaço diminui e as diferenças ficam mais aparentes.
Quais são os riscos da cirurgia de redução de mamas?
Muitas mulheres se perguntam se, após a cirurgia, os seios podem voltar a crescer. Essa é uma questão muito comum e a resposta é: é um risco e depende do caso. A operação em si não repõe o que foi retirado, mas se a mulher não tiver uma dieta equilibrada, a gordura pode se acumular novamente na região.
Outros riscos não comuns são: o aparecimento de queloides, cicatrizes hipertróficas; a necrose da aréola, que ocorre se a irrigação sanguínea durante a cirurgia for dificultada; a perda de sensibilidade, por causa da quantidade de nervos lesados; e a abertura da sutura cirúrgica.
Porém, para todos esses casos há uma solução, um tratamento. É importante saber dos riscos para conversar sobre eles com o seu cirurgião e esclarecer todas as dúvidas. Por isso, lembre-se de que é necessário encontrar um bom profissional, que seja confiável e aberto ao diálogo.
COMO ESCOLHER UM MÉDICO CONFIÁVEL?
Frequentemente, surgem notícias de cirurgias plásticas que não deram certo, o que causa medo em muitas pessoas. Porém, essa preocupação é desnecessária quando o paciente escolhe um médico que passa segurança, é recomendado, e possui bons resultados de outras operações.
Para escolher corretamente o cirurgião, consulte primeiramente se ele tem registro no Conselho Federal de Medicina (você pode checar nesse site) e se é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Após isso, cheque se a clínica escolhida tem permissão para realizar cirurgias de médio porte e como será a sua internação após o procedimento.
Busque saber sobre a reputação do médico com outros pacientes que já fizeram cirurgias com ele e peça para ver os resultados. Veja fotos, converse bastante e escute os conselhos das pessoas que já passaram pela experiência.
Por fim, sinta se o profissional escolhido te passa segurança e te dá liberdade para fazer perguntas e expressar seus medos e incertezas.
Se você fez todas essas avaliações e se sente preparada, realize a sua sonhada cirurgia. Os transtornos passam rapidamente e os resultados te deixarão satisfeita. Basta ser uma pessoa disciplinada e seguir à risca todas as instruções passadas pelo médico.
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